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Biblioteca Celso Furtado


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A Biblioteca Celso Furtado esteve aberta ao público no Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento. entre 2009 e 2019. Em 2019, o acervo bibliográfico e documental do economista foi doado pela viúva, Rosa Freire d'Aguiar, para o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), da USP, onde ficará permanentemente.

Com um acervo acumulado por Celso Furtado ao longo de sua vida pessoal, acadêmica e de homem público, a Biblioteca que levava seu nome possui uma coleção de quase 11 mil títulos, que são um reflexo das áreas de interesses e dos assuntos que o fascinaram desde jovem: história, literatura, filosofia, ciências sociais, cultura e, principalmente, a economia, o desenvolvimento econômico, o Brasil e a América Latina. São livros, periódicos, relatórios, folhetos, teses, obras de referência e anais de eventos.

A biblioteca congregou a produção intelectual de seu titulos, em português e em uma dúzia de línguas, artigos em revistas acadêmicas do mundo todo, desde os anos 1940, relatórios, folhetos, obras de referência em ciências sociais e teses dirigidas por Celso Furtado. Nesse período, foi feito um esforço para a formação de um Banco de Teses sobre Celso Furtado com os trabalhos feitos nos últimos anos sobre sua obra em universidades brasileirase e um Banco de Artigos sobre Celso Furtado com mais de duzentos trabalhos.

O acervo reuniu além toda a produção intelectual de Celso Furtado, dezenas de livros e artigos a seu respeito. Merecem destaque as coleções de revistas acadêmicas ligadas às ciências sociais, como El Trimestre Económico, Econômica Brasileira (criada por Celso Furtado nos anos 50), Desarrollo Económico, Revista de Economia Política, Revista de la CEPAL; os clássicos dos grandes economistas do século XX; as teses dirigidas por Celso Furtado nos 20 anos em que lecionou no exterior; e obras de referência como a famosa Encyclopedia of the Social Sciences, com 10 mil páginas escritas por 1.500 autores (edição de 1944).

O processamento técnico da Biblioteca, iniciado em 2007, ficou a cargo das bibliotecárias Maria Luiza Villela de Andrade, Vera Lucia Medina Coeli e Aline Balué. Com a inauguração, em 2009, Aline Balué foi a bibliotecária responsável no Centro Celso Furtado.

 

 Celso Furtado

 
Celso Furtado, 1979.
Foto: Fernando Rabelo 
Celso Furtado nasceu em Pombal, sertão paraibano, em 1920. Seu pai, advogado e professor, tinha uma vasta biblioteca de história, literatura e direito. Na adolescência, despertou para a história, sua primeira paixão. Nos anos 1940, formou-se em direito, na Universidade do Brasil, e entrou para o serviço público como técnico de administração e de organização. Ampliou-se assim o leque de leituras do jovem de espírito aberto e curioso, que passaria a abarcar os clássicos da teoria de administração e organização, as obras jurídicas e de ciências sociais. E, sempre, a literatura, de que foi ávido e permanente leitor até a véspera de sua morte, quando relia o Contraponto, de Aldous Huxley.

Em 1947 e 1948, fazendo seu doutorado na Universidade de Paris-Sorbonne, iniciou as leituras sistemáticas de economia. E, também, das obras de Marx, estudadas no Institut des Sciences Politiques. Em 1949, foi para Santiago do Chile integrar a equipe fundadora da CEPAL, quando desabrocharia e se firmaria o interesse que moveu toda a sua atividade futura de intelectual, professor e homem público: entender o Brasil, buscar as raízes do subdesenvolvimento, elaborar uma teoria do desenvolvimento.

Forçado ao exílio em 1964, em seguida ao golpe militar que cassou seus direitos políticos, Celso Furtado instalou-se em Paris, onde foi professor da Sorbonne por vinte anos. Também lecionou economia do desenvolvimento, economia latino-americana e economia internacional nas universidades de Cambridge, Yale, American e Columbia. A economia, em todas as suas vertentes, está amplamente presente no acervo e no catálogo on line da Biblioteca. Celso Furtado foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, em 1997, e da Academia Brasileira de Ciências, em 2003.
 
Em 20 de novembro de 2004, falece em sua casa no Rio de Janeiro, de parada cardíaca. O presidente Lula decreta luto oficial por três dias.
 
 
 





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